31/10/2008

RAIVA

O último post suscitou algumas dúvidas pertinentes em relação à Raiva. Vou tentar descrever a doença de forma sucinta e numa linguagem menos técnica (espero eu) para que possam todos entender um pouco essa doença.

DEFINIÇÃO: Zoonose infecciosa, contagiosa e inoculável que afecta animais domésticos e selvagens de sangue quente, originando quadros nervosos de curso mortal, produzida por um rabdovírus.

ETIOPATOGENIA:
Podemos distinguir 3 estirpes de vírus:
  1. A citadina: do cão, principal vector da doença que chega a causar anualmente 60.000 mortes humanas.
  2. A selvagem: isoladas de vectores selvagens como a raposa na Europa Central e do Leste e Canadá; o morcego nos Estados Unidos, o chacal e outros canídeos selvagens na África do Norte.
  3. A fixa: estirpe laboratorial e que constitui as vacinas.


O vírus é transmitido através da saliva por mordedura e, ocasionalmente, através de aerossóis (respirar altas concentrações de vírus em grutas infestadas por morcegos foi responsável pela morte de espeleólogos). O vírus ascende pelo interior dos nervos periféricos (via centrípeta a uma velocidade de 7cm por dia), até a espinal medula e desta em direcção ao Sistema Nervoso Central, onde provoca necrose neuronal e volta desde o cérebro (via centrífuga, a uma velocidade de 10 a 40cm por dia) localizando-se nas glândulas salivares, córnea e retina, pele e gordura interescapular. Todos os cães, gatos e qualquer animal de sangue quente independentemente da raça, idade ou sexo, podem ser afectados.

SINTOMAS: No cão encontramos com mais frequência a forma furiosa com um curso de 2 a 6 dias. Iniciam-se alterações de comportamento, agitação, um constante lamber nervoso na zona mordida. O animal tropeça perante os objectos. A voz desdobra-se em 2 tons, hidrofobia (medo da água). À posteriori manifestam-se sintomas paralíticos, a mandíbula e língua descaídos, as pálpebras inactivas assim como os músculos faríngeos, laríngeos e intercostais, provocando dificuldades respiratórias.
No gato manifesta-se principalmente na forma furiosa com uma extrema agressividade e também na forma paralítica, que leva à uma lenta e morte agónica (até 12 dias).

DIAGNÓSTICO: Clínico e laboratorial
Clínico: em zonas de raiva endémica, qualquer animal mordedor deverá ficar em observação durante um período de 10 dias, onde será observado o desenvolvimento da sintomatologia, quer seja do tipo furiosa ou paralítica.



NOS CÃES E GATOS NÃO SE APLICA NENHUM TRATAMENTO



Segundo o Decreto-Lei n.º 314/2003 de 17 de Dezembro, que aprova o Programa Nacional de Luta e Vigilância Epidemiológica da Raiva Animal e Outras Zoonoses (PNLVERAZ) e estabelece as regras relativas à posse e detenção, comércio, exposição e entrada em território nacional de animais susceptíveis à raiva e a Portaria n.º 81/2002 de 24 de Janeiro:

  1. É obrigatória a vacinação anti-rábica de todos os cães de caça, animais com fins económicos, cães e gatos que participem de concursos e exposições e de todos os outros que a Direcção-Geral de Veterinária, entender declarar,..., a execução daquela acção de profilaxia médica.
  2. A vacinação anti-rábica dos gatos, por norma em regime de voluntariado, pode ser expressamente declarada obrigatória, em área a definir.

23/10/2008

RAIVA EM ITÁLIA


Segundo relatório da Organização Mundial de Saúde Animal [Clique aqui], no passado dia 21 de Outubro de 2008, foi confirmada a presença de raiva numa raposa, na região nordeste de Itália (Friuli-Venezia Giulia) após esta ter mordido uma pessoa que se encontrava em passeio no bosque.
Há 13 anos que não é reportado nenhum caso de raiva silvestre em Itália, levando a suspeita de introdução vinda dos países de Leste.


19/10/2008

O CÃO E AS PESSOAS IDOSAS


O cão é uma excelente companhia para as pessoas de idade, que muitas vezes têm problemas de solidão, mas também pode ser afectado pelas relações que mantêm com um dono nessas condições.

O cão tornou-se num companheiro indispensável para compensar a angústia afectiva dos idosos, mas o caso pode ser grave quando o dono sofre de depressão.

A NECESSIDADE DAS PESSOAS IDOSAS

A necessidade dos idosos caracteriza-se por dois elementos: a busca de afecto e o desejo de ter um companheiro tranquilo e moderado nas suas manifestações.

A busca o afecto

A primeira exigência, por muito natural e simpática que seja, não deixa de gerar perturbações e inconvenientes. De facto, muitas vezes o cão percebe a necessidade afectiva e as demonstrações dos donos como sinal de submissão. Dar comida sob qualquer pretexto, como as pessoas idosas costumam fazer, também é entendido como um sinal de submissão no acesso ao alimento. Aceitar a presença do cão no quarto de dormir agrava a situação, pois o animal entende isso como sinal suplementar do reconhecimento da sua dominância. Quando o conflito se desencadeia, a diminuição do vigor físico também se converte numa desvantagem para o dono. Ainda mais grave é que, segundo se crê, os idosos com capacidades físicas comunicam com o cão de uma maneira involuntariamente submissa; de facto, a sua locomoção alterada pelas dificuldades físicas é percebida pelo cão como um sinal de submissão. Por outro lado, em caso de conflito o proprietário preferirá esquivar-se a ele a entrar num confronto físico, o que complica ainda mais as relações.

Um cão tranquilo e fácil



As pessoas idosas costumam manifestar a segunda exigência, o desejo de terem um cão tranquilo e fácil de manejar. Ora, muitas vezes o cão modifica o seu comportamento para satisfazer esse desejo. É frequente verem-se na rua cães na plenitude das suas capacidades que se passeiam ao mesmo passo que o seu dono na terceira idade.
A qualidade das relações dono-cão leva este último a adoptar certas características comportamentais: o seu ritmo de marcha, sua rapidez de reacção aos diferentes estímulos, o que lhe confere uma aparente velhice.

DEPRESSÕES PARALELAS

As depressões, frequentes nos idosos, também têm um impacto importante no comportamento do animal.
O estado depressivo caracteriza-se por uma diminuição global da actividade do indivíduo, bem como por uma grande variabilidade de humor. Este último aspecto é determinante na génese das perturbações do cão. De facto, devido à sua própria depressão, o proprietário tem reacções diferentes face a uma mesma falta cometida pelo cão. Esta incoerência, a par das mudanças de humor, engendra nele uma inquietação cada vez maior, que desemboca numa ansiedade. Estas perturbações transformam-se muito rapidamente numa depressão e a partir daí dono e cão fecham-se em depressões paralelas.

UM EXCELENTE SUPORTE AFECTIVO


Curiosamente o tratamento da depressão no cão dá lugar a uma notável melhoria do estado do proprietário. Quando o cão recupera a vivacidade e empurra dono a sair, a ver gente e a conversar com os seus semelhantes que também levam o cão a passear. Excelente suporte afectivo para o idoso, o cão deve andar vigiado pelo veterinário, que poderá aconselhar o proprietário e proporcionar-lhe a ida a um especialista , se for necessário.


15/10/2008

CCD- A MISTERIOSA DOENÇA DAS ABELHAS


Na província de Sechuan, sul da China, as abelhas desapareceram nos anos 80, devido ao uso descontrolado de pesticidas. Para sobreviver, os agricultores têm de polinizar manualmente as pereiras. Os três milhões de flores polinizadas diariamente por uma colmeia transformaram-se num trabalho lento e árduo, de mão-de-obra intensiva.
O que aconteceu na China pode ser o prenúncio do que irá suceder no resto do mundo. O problema é que não existem seres humanos suficientes para fazer o trabalho das abelhas e, assim, evitar o desaparecimento de parte substancial da nossa cadeia alimentar. As abelhas estão a morrer e, desde 2006, a um ritmo muito mais elevado devido a uma doença chamada Colony Collapse Disorder (CCD).
Nos Estados Unidos, um terço das colmeias foram destruídas- 800 mil em 2007 e um milhão em 2008. Europa, Ásia, América Central e do Sul registam perdas idênticas.
Desde que a CCD foi descoberta na Florida pelo apicultor David Hackenberg, pouco se concluiu sobre o que causa a doença, apenas que as abelhas saem da colmeia e não regressam, deixando a rainha, os ovos e as larvas à fome.
Vírus mutantes, infecções por fungos produtores de toxinas, pesticidas, stress nutricional, stress migratório (longas horas de transporte a que estão sujeitas as abelhas usadas comercialmente para polinizar culturas), tudo isto pode fragilizar o seu estado imunitário deixando-as mais vulneráveis às doenças- a CCD seria o equivalente da sida nas abelhas.
Mesmo sem esta nova praga, o ritmo de declínio das populações apícolas já era preocupante. "Se o número de abelhas continuar a diminuir aos níveis documentados de 1989 a 1996, as abelhas domésticas deixarão de existir em 2035", dizia May Berenbaum, investigadora da Universidade de Illinois, citada pelo livro A World Without Bees, muito antes de a praga ter sido descoberta.
Alguns cientistas procuram resolver o problema através da manipulação genética. Mas será que a superabelha resistente aos vírus, que combine a agressividade da abelha africana com a docilidade da abelha ocidental, capaz de resistir à doença sem deixar de ser domesticável, conseguirá evitar o desaparecimento das abelhas e, consequentemente, do ser humano?

O fim do mundo segundo Einstein: "Se as abelhas desaparecerem da superfície da Terra então o homem só terá quatro anos de vida"

ANO 1: Desaparece o mel, depois a fruta (com excepção das bananas e dos ananases) e a maior parte dos vegetais.
ANO 2: Sem flores polinizadas, há menos sementes, folhas, flores e frutos para pássaros e pequenos mamíferos.
ANO 3: Omnívoros e carnívoros não têm alimento e morrem.
ANO 4: Desaparece o que resta da humanidade depois das crises alimentares.

11/10/2008

BANDARRAVET NOS ARES


Dizem que "por detrás de um grande homem está uma grande mulher!"
Para aqueles que me conhecem desde miúda, sabem que fui privada desde cedo da imagem paternal. A substituição de pai nunca é igualada por outro. Contudo há quem preencha muito bem esse papel. Como irmão mais velho que eu, quis ele desempenhar esse papel, apesar de presencialmente longe, sempre me apoiou, dando-me sempre a liberdade de seguir o meu caminho... esteve sempre presente.

Amante de tudo o que faço e dos "meus amigos de 4 patas", ao qual também nutre um carinho muito especial nesse reino animal, lá está ele na hora certa e no momento certo.


Somos muito diferentes, tanto que só nos damos bem longe um do outro. Presencialmente demora muito pouco a vislumbrar um fogo de artifício...



Profissionalmente somos o oposto, qualquer semelhança ao que ele faz é pura coincidência...mas mesmo pura!








Talvez o risco seja o denominador comum...


A quem diga que fisicamente, somos muitos parecidos... eu acrescentaria, mentalmente o oposto! :)


Há 3 meses parado por doença, esta semana regressa ao activo....



Bom regresso, mano, vai lá que o Cristo Rei já precisa que o limpas de novo!


E a "Bandarravet" da tua mana precisa regressar aos ares!

A uma altura que mais nenhuma terá a ousadia de ir...
E que só tu o sabes fazer...


Bom... mas não escrevas com erros, está bem?
Todos sabem que eras "reles" na escola! E que copiavas os meus exercícios! Mas podias fazer um esforço! :)

Para ti, Patrick, meu mano, irmão e "pai" que eu adoro.

07/10/2008

CÉRBERO


Cérbero é o cão mais célebre de toda a Mitologia; guarda da porta dos infernos, a sua missão não consistia em impedir a entrada a alguém (como faz qualquer cão de guarda que se preze), mas sim em não deixar sair ninguém de lá. Era um cão tão feroz e temido que o rei Euristeu julgou que nem o próprio Hércules conseguiria enfrentá-lo mas o semideus dominou-o no décimo primeiro trabalho que realizou.

O MITO DE CÉRBERO

Segundo a Mitologia Grega,
Cérbero era filho de Tifon, inimigo de Zeus (Júpiter para os latinos), e de Equidna, e irmão de outro cão chamado Ortos, e da Hidra. Da sua união com a Quimera nasceram o Leão de Nemeia e a Esfinge. Segundo Immisch, é possível que Cérbero tivesse começado por ser a serpente de Hades, o rei dos infernos, e não, como se ao princípio se julgava, uma derivação da cabala védica, um dos cães do Saramaia, que a mitologia hindu situava no Inferno. A hipótese da natureza primitiva de serpente do cão Cérbero baseia-se nas cabeças de serpente que lhe saiem de todo o corpo, principalmente da cabeça, da cauda e das patas.


O cão que guardava os infernos

Quando os homens morriam eram transportados na barca de Caronte para a outra margem do rio Aqueronte, onde se situava a entrada dos infernos. O acesso estava vedado por uma porta de diamante, junto da qual
Cérbero montava guarda. Este incorruptível e feroz animal não só atormentava as almas que tentavam escapar dos infernos como também os que ali penetravam. Sófocles representa-o a sair do seu antro com muita frequência para ladrar. Para lhe acalmarem a fúria, os mortos lançavam-lhe o bolo de farinha e mel que os seus entes queridos lhes haviam deixado no túmulo.

Um cão que comia gente

Na antiguidade, Cérbero era considerado um cão que comia gente, e para muitos é por esta crença que o nome Kérberos (cérbero) é a mesma coisa que kreoboros (comedor de carne). Esta mesma interpretação poderia explicar certos episódios da lenda de Cérbero, como o de Pirotoo, que em castigo por ter tentado seduzir Perséfone (a Proserpina dos Romanos), foi entregue ao cão para ser devorado por este.
A voracidade do animal também era confirmada por um dos suplícios infernais, que consistia em ele comer os corpos dos condenados. Este suplício poderia ser uma das muitas formas que simbolizavam a consumação dos cadáveres pela terra. E, como tal teria o mesmo sentido que Thanatos, que sugava o sangue dos mortos, que Eurínomo, que devorava cadáveres, e que certos nomes de Hécata, representada a sugar o sangue e a mastigar o coração e a carne dos mortos.

A MORFOLOGIA DE CÉRBERO


Apesar de Cérbero ser o cão mais conhecido de toda a Mitologia, existem muitas discrepâncias quanto à sua morfologia, a começar pela cabeça, menos quanto à forma do que ao seu número. As fontes da Mitologia dão versões diferentes, descrevendo-o como um cão com uma, duas ou três cabeças. Em algumas passagens da Teogonia de Hesíodo atribui-se-lhe até cinquenta, enquanto que noutras se lhe reconhece uma só. E autores antigos como Horácio e Licofonte chegam a atribuir-lhe nada menos que cem cabeças. Em todo o caso, a versão mais comum representa-o com três. Quanto à forma da cauda, também se lhe atribuíam as mais variadas aparências. Umas vezes era como a de um cão, outras como a de uma serpente, outras ainda como a de um leão. A imaginação popular concebia-o como uma criatura espantosa. É com este mesmo carácter que aparece representado nos monumentos e objectos da arte helénica, umas vezes com uma só cabeça de cão e uma infinidade de cabeças de cão, mais vulgarmente três, umas vezes iguais, ouras diferentes; finalmente embora não com tanta frequência, com uma cauda de leão, que noutras representações é de serpente ou simplesmente de cão.

HÉRCULES DOMINA CÉRBERO


O penúltimo dos doze trabalhos de Hércules (Heracles para os Gregos) foi levar a Euristeu o monstruoso cão que guardava a entrada dos infernos. O semideus já tinha tido de enfrentar outros animais nos seus anteriores trabalhos. Tivera de matar o Leão de Nemeia e a Hidra de Lerna, de apanhar o veado de Enae e depois o javali de Erimonte, de caçar as aves do lago Estinfale, de capturar o touro de Creta e as éguas de Diomedes, e de roubar a manada de bois de Geriones, que era guardada por Ortos, cão bicéfalo irmão de Cérbero. Hércules fora bem sucedido em todos esses trabalhos, sem fracassar em nenhum como esperava Euristeu, que tinha ciúmes da sua força e fama e temia que ele o destronasse. Assim, decidiu encarregar Hércules de um novo trabalho, no qual não lhe serviriam para nada as suas heróicas virtudes. Por isso obrigou-o a enfrentar o cão de guarda dos infernos, pensando que não conseguiria vencer um animal tão monstruoso. Para realizar o novo trabalho, a primeira coisa que o semideus fez foi informar-se sobre como chegar em plena segurança ao mundo depois da morte. Uma vez ali, libertou Teseu e Ascáfalo e depois apresentou-se perante Hades, o deus dos infernos, que se recusou redondamente a deixar que lhe levassem o Cérbero. Então Hércules disparou sobre ele uma seta que o feriu no ombro; Hades acedeu a entregar o cão, mas na condição de o dominar servindo-se só das mãos, com o corpo protegido apenas com a couraça e a pele de Leão que trazia. Hércules agarrou o cão pelas patas e, passando-lhe os braços pelo pescoço, manteve-o bem apertado, com a serpente que era a cauda do animal mordendo-o repeditamente. Nem mesmo assim Hércules soltou a presa, apesar da dor que sentia, acabando por fim por dominar o monstro. Então subiu à Terra pela porta do Inferno e quando Cérbero viu a luz do dia desatou a cuspir baba, dela brotando uma planta venenosa chamada acónito. Hércules levou o monstro a Euristeu que quando o viu ficou tão aterrorizado que correu a esconder-se numa jarra de bronze. E como o rei não soubesse o que fazer com Cérbero, Hércules devolveu-o aos infernos e ao serviço do seu dono, Hades.

04/10/2008

DIA DO MÉDICO VETERINÁRIO EM PORTUGAL

No dia 4 de Outubro de 1991, foi publicado o Estatuto que criou a Ordem dos Médicos Veterinários, dando-se assim, início a um novo marco na História da Medicina Veterinária em Portugal, que determinou como atribuições "a defesa do exercício da profissão veterinária, contribuindo para a sua melhoria e progresso nos domínios científico, técnico e profissional, o apoio aos interesses profissionais dos seus membros e a salvaguarda dos princípios deontológicos que se impõe em toda a actividade veterinária."

Por feliz coincidência, a data que passou a marcar o Dia do Médico Veterinário em Portugal, coincide no calendário litúrgico, com o dia de São Francisco de Assis, nascido na cidade de Assis entre 1181 e 1182 e que morreu no dia 4 de Outubro de 1226.
Místico e pregador, em seu Cântico das Criaturas, chama de irmãos o sol e toda a natureza.
Santo protector de todos animais a quem são atribuídos milagres de cura - que povoam o imaginário como a burrinha Violeta e do seu dono, o menino italiano, Pepino, que pediu ao Papa que mandasse abrir uma passagem na capela da aldeia, para que o animal tão doente, fosse presente ao altar onde estava a imagem de São Francisco de Assis, para que fizesse o milagre e salvasse o animal - é também patrono universal do presépio e foi consagrado recentemente patrono dos ecologistas pelo Papa João Paulo II.

Nesta efeméride não é por acaso que se comemora também o Dia Mundial dos Animais.

Contudo, o patrono efectivo dos Médicos Veterinários é Santo Elói (588 - 660 DC), de origem galo-romana e que exerceu a profissão de ourives e joalheiro de quem é também padroeiro, destinando os seus lucros aos pobres e à Igreja. Fez-se sacerdote no ano de 639 e foi bispo de Noyon-Tour na actual Bélgica, tendo falecido a 1 Dezembro, data que no calendário litúrgico passou a ser comemorada como dia de Santo Elói.


Santo Padroeiro dos Animais

Vestido pobremente, envolto em trapos, um homenzinho magro sentiu compaixão pelas pequenas criaturas de Deus. São Francisco de Assis escolheu viver na pobreza, alegrando-se com a beleza natural do mundo; ensinando a todos a serem generosos com os animais e pássaros.

Através das suas viagens, São Francisco falou do grande amor e cuidado de Deus para com os seus companheiros animais. Durante uma longa viagem de inverno, trouxe mel para as abelhas, trocou o seu manto por um açougueiro para salvar dois coelhos. Estimulou as pessoas a deitarem grãos para os pássaros, e foi visto devolver os peixes de novo para a água. São Francisco foi amado e seguido por muitos animais; pombas, cordeiros, coelhos, e faisões, entre outros.

"A Festa de São Francisco" também é festejada na Catedral de Nova Iorque de São João, o Divino, onde anualmente, mais de 1000 animais são abençoados.

Oração para o meu animal de estimação

Bondoso São Francisco,

Tu que amaste todas as criaturas de Deus.

Para Ti, eles eram irmãos e irmãs.

Ajuda-nos a seguir o teu exemplo tratando todos os seres vivos com ternura.

São Francisco, padroeiro dos animais, olha pelo meu animal e proteja-o.

Amém


Como profissional, também, oro à São Francisco pelos meus e pelos enfermos...

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