Na província de Sechuan, sul da China, as abelhas desapareceram nos anos 80, devido ao uso descontrolado de pesticidas. Para sobreviver, os agricultores têm de polinizar manualmente as pereiras. Os três milhões de flores polinizadas diariamente por uma colmeia transformaram-se num trabalho lento e árduo, de mão-de-obra intensiva.
O que aconteceu na China pode ser o prenúncio do que irá suceder no resto do mundo. O problema é que não existem seres humanos suficientes para fazer o trabalho das abelhas e, assim, evitar o desaparecimento de parte substancial da nossa cadeia alimentar. As abelhas estão a morrer e, desde 2006, a um ritmo muito mais elevado devido a uma doença chamada Colony Collapse Disorder (CCD).
Nos Estados Unidos, um terço das colmeias foram destruídas- 800 mil em 2007 e um milhão em 2008. Europa, Ásia, América Central e do Sul registam perdas idênticas.
Desde que a CCD foi descoberta na Florida pelo apicultor David Hackenberg, pouco se concluiu sobre o que causa a doença, apenas que as abelhas saem da colmeia e não regressam, deixando a rainha, os ovos e as larvas à fome.
Vírus mutantes, infecções por fungos produtores de toxinas, pesticidas, stress nutricional, stress migratório (longas horas de transporte a que estão sujeitas as abelhas usadas comercialmente para polinizar culturas), tudo isto pode fragilizar o seu estado imunitário deixando-as mais vulneráveis às doenças- a CCD seria o equivalente da sida nas abelhas.
Mesmo sem esta nova praga, o ritmo de declínio das populações apícolas já era preocupante. "Se o número de abelhas continuar a diminuir aos níveis documentados de 1989 a 1996, as abelhas domésticas deixarão de existir em 2035", dizia May Berenbaum, investigadora da Universidade de Illinois, citada pelo livro A World Without Bees, muito antes de a praga ter sido descoberta.
Alguns cientistas procuram resolver o problema através da manipulação genética. Mas será que a superabelha resistente aos vírus, que combine a agressividade da abelha africana com a docilidade da abelha ocidental, capaz de resistir à doença sem deixar de ser domesticável, conseguirá evitar o desaparecimento das abelhas e, consequentemente, do ser humano?
O fim do mundo segundo Einstein: "Se as abelhas desaparecerem da superfície da Terra então o homem só terá quatro anos de vida"
ANO 1: Desaparece o mel, depois a fruta (com excepção das bananas e dos ananases) e a maior parte dos vegetais.
ANO 2: Sem flores polinizadas, há menos sementes, folhas, flores e frutos para pássaros e pequenos mamíferos.
ANO 3: Omnívoros e carnívoros não têm alimento e morrem.
ANO 4: Desaparece o que resta da humanidade depois das crises alimentares.
O que aconteceu na China pode ser o prenúncio do que irá suceder no resto do mundo. O problema é que não existem seres humanos suficientes para fazer o trabalho das abelhas e, assim, evitar o desaparecimento de parte substancial da nossa cadeia alimentar. As abelhas estão a morrer e, desde 2006, a um ritmo muito mais elevado devido a uma doença chamada Colony Collapse Disorder (CCD).
Nos Estados Unidos, um terço das colmeias foram destruídas- 800 mil em 2007 e um milhão em 2008. Europa, Ásia, América Central e do Sul registam perdas idênticas.
Desde que a CCD foi descoberta na Florida pelo apicultor David Hackenberg, pouco se concluiu sobre o que causa a doença, apenas que as abelhas saem da colmeia e não regressam, deixando a rainha, os ovos e as larvas à fome.
Vírus mutantes, infecções por fungos produtores de toxinas, pesticidas, stress nutricional, stress migratório (longas horas de transporte a que estão sujeitas as abelhas usadas comercialmente para polinizar culturas), tudo isto pode fragilizar o seu estado imunitário deixando-as mais vulneráveis às doenças- a CCD seria o equivalente da sida nas abelhas.
Mesmo sem esta nova praga, o ritmo de declínio das populações apícolas já era preocupante. "Se o número de abelhas continuar a diminuir aos níveis documentados de 1989 a 1996, as abelhas domésticas deixarão de existir em 2035", dizia May Berenbaum, investigadora da Universidade de Illinois, citada pelo livro A World Without Bees, muito antes de a praga ter sido descoberta.
Alguns cientistas procuram resolver o problema através da manipulação genética. Mas será que a superabelha resistente aos vírus, que combine a agressividade da abelha africana com a docilidade da abelha ocidental, capaz de resistir à doença sem deixar de ser domesticável, conseguirá evitar o desaparecimento das abelhas e, consequentemente, do ser humano?
O fim do mundo segundo Einstein: "Se as abelhas desaparecerem da superfície da Terra então o homem só terá quatro anos de vida"
ANO 1: Desaparece o mel, depois a fruta (com excepção das bananas e dos ananases) e a maior parte dos vegetais.
ANO 2: Sem flores polinizadas, há menos sementes, folhas, flores e frutos para pássaros e pequenos mamíferos.
ANO 3: Omnívoros e carnívoros não têm alimento e morrem.
ANO 4: Desaparece o que resta da humanidade depois das crises alimentares.
22 comentários:
Excelente artigo amiga. Não fazia ideia qua as nossas amiguinhas maias estavam em risco.A conclusão do teu artio é no mínimo assustadora.
Desejo-te um dia feliz
Beijinhos
Olá Maria Paula gostei de ler mas fiquei assustada, de facto o Homem está a acabar com o planeta Terra aos poucos e poucos, o que é triste.Beijinhos.
Olá bom dia,
Ena!!! Assustador amiga...espero que as nossas amiguinhas abelhas nunca nos deixem pois são deveras importantes na cadeia alimentar...
Bom por aqui ainda há bastantes...o meu pai têm algumas colmeias...e gosto sobretudo de ver o fenómeno de saída e captura dos enxames na Primavera...
Bjocas
Afilhada querida!
Sincronicidade pura o que ocorreu agora! Olha o que eu estava lendo exatamente antes de vir aqui:
“Nada se assemelha à alma como a abelha.
Esta voa de flor para flor,
Aquela de estrela para estrela.
A abelha traz mel,
Como a alma traz a luz.”
Vitor Hugo
Diante de tantos problemas mundiais e ambientais parece algo insignificante escrever sobre as abelhas. Contudo, as abelhas estão morrendo e desaparecendo. Alguém desavisado vai dizer: pouco se perdeu. Porém, a própria humanidade vai perder e muito com o desaparecimento das abelhas. Querem ver?
Para tanto vamos conhecê-las um pouco:
Abelha é um inseto; pertence a Ordem: Hymenoptera; da SuperFamília Apoidea (são insetos aparentados das vespas e formigas). A espécie mais conhecida é a Apis melifera.
O CORPO DA ABELHA
O corpo da abelha raramente ultrapassa 3,75 cm de comprimento. Corpo constituído por três partes: a cabeça, tórax e abdômen. A abelha possui três pares de pernas (observe na foto acima, perceba que na perna traseira há pólen grudado), no tórax. Nesta parte do corpo se fazem presente dois pares de asas. Também se encontra no tórax o ferrão que é usado para picar. Nas fêmeas encontra-se o ovopositor utilizado para depositar ovos. Esta estrutura localiza-se na extremidade do abdômen. Contudo, não são todas as fêmeas que depositam ovos. Na estrutura familiar das abelhas temos três classes: as operárias, rainha e zangão. A operária é estéril. Portanto, quem deposita ovos é a rainha que é fecundada pelo zangão.
SOBRE AS OPERÁRIAS
As operárias desempenham várias funções na colméia. Contudo, tudo esta relacionado a idade da abelha operária. Durante os primeiros 14 dias de vida se dedicam à nutrição das larvas, zangões e da rainha. No período seguinte se tornam coletoras ou também chamadas de campineiras. Nesta função buscam alimento pelos campos. Aos 21 dias voltam para os trabalhos no interior da colméia. Nesta fase suas glândulas secretoras de cera são ativadas e elas se transformam em “pedreiros” construindo e consertando as células (as estruturas onde são depositados o pólen e o mel). A última fase de vida da abelha operária presta seu “serviço militar”. Ela faz limpeza na colméia, faz curtos vôos nos arredores da colméia ou permanece de guarda junto à porta de entrada ferroando os intrusos.
ABELHA E A HISTÓRIA
No ciclo evolutivo das espécies, a abelha surgiu junto com o desenvolvimento aparecimento das flores. Os cientistas estimam que as abelhas surgiram a cem milhões de anos. A abelha e a flor mantêm uma intensa relação de reciprocidade e dependência. A abelha encontra nas flores o néctar e o pólen que são indispensáveis à sua sobrevivência. Por outro lado, o pólen é o gameta masculino da flor. Esta estrutura da flor fica presa no corpo da abelha e em especial nas pernas que é transportado para outras flores para promover a troca de material genético e irá fecundar outras flores. As plantas dependem deste trabalho ou desta simbiose.
Sem esta relação a natureza perde muito e a própria humanidade. Muitas das frutas e frutos que consumimos são resultados destas trocas entre flor e abelha.
Além disto, o néctar que a abelha coleta vai para o papo ou “estômago de mel” da abelha. Lá, a ação enzimática inicia a sua transformação em mel. Assim, é por ação das enzimas salivares da abelha que comemos o mel. Ao chegar à colméia o néctar que iniciou sua transformação é expelido e armazenado nas células que a operária construiu na segunda fase de sua vida.
Gostaria de fazer duas observações: o mel não deve ser usado para alimentar crianças menores de um ano de idade. Há dois problemas com este consumo: o primeiro é em decorrência com a enzima digestiva da abelha. Ela pode comprometer a formação do sistema nervoso central da criança. O segundo, esta relacionado com a bactéria Clostidium botulinium, presente em uma quantidade significativa de mel analisado. Inclusive a Agência Nacional de Vigilância Sanitária proibiu o consumo de mel por crianças menores de 1 ano devido a presença desta bactéria. Os adultos possuem resistência contra esta bactéria. A criança menor de um ano de idade ainda não possui esta imunidade.
MEL E A ANTIGUIDADE
O mel é um produto usado pelo homem desde tempos remotos. É bem provável que o mel tenha sido o primeiro adoçante usado pelos povos antigos.
Relatos dos Egípcios de 2600 a.C em inscrições funerárias mostraram que eles praticavam a apicultura (criação de abelhas melíferas) desde daqueles tempos.
Assim, a abelha é um inseto amigo da natureza e do homem. É um inseto que proporciona mais alimento ao homem. É um inseto que ajuda na melhoria genética dos vegetais e plantas. É um inseto extremamente importante no processo da polenização. Portanto, nestes tempos de destruição e de aquecimento global lembre-se das abelhas. Lembre-se de que elas possuem uma atuação importante para a perpetuação das espécies vegetais e, que tua mesa têm alguns alimentos graças a ação deste inseto chamado abelha.
Gilson Giombeli
Texto inspirado em texto do site: WWW.ilhado.com.br
Resolvi postar no sentido de crescentar e mostrar como Somos todos UM.
LINDO POST!
Beijão.
Madrinha Astrid
Paula,
Panorama inquietante este que apresentas, de forma excelente.
É sempre triste ver uma rainha abandonada. Fez-me lembrar os 7 anos dos ciclos de Úrano e também os de Saturno.
Apreciei o alerta.
Beijo
António
Olá Sam,
Há todo um mundo subtil a desaparecer...Mas só quando alguns valores humanos estiverem em risco é que se toma consciência. Espero que não seja tarde de mais.
Beijinho
Bom da Mimi,
O Homem tem o dom de destruir o que em, mas também tem capacidade para remediar... Tudo podia ser mais fácil e com menos esforço.
Beijinho
Bom dia Ana Cavaca,
Não sabia esta tua faceta. Tenho de ir a ver isso contigo.
Fizeste-me lembrar um episódio antigo por terras estrangeiras onde nosso vizinho tinha no cima do jardim , algumas colmeias: Nunca fui mordida por alguma abelha e fruta naquele jardim é que não faltava! LOL
Beijinhos
Madrinha Astrid,
Isso é que foi SINCRONICIDADE!
E que precioso contributo, lindo amiga e muito muito obrigado.
Deixaste-me com a ideia de um post sobre o mel. Eu aqui na clínica, tenho um gosto especial m produtos naturais. A experiência me trouxe nos ensaios feitos algumas dicas:
Mel nas feridas: Estabilizador imunogénico e cicatrizante. Feridas cicatrizam rapidamente.
Animais geriátricos: uma colher de mel reforça o sistema imunitário.
Beijinho XL
Olá Padrinho,
Esta fase mundial que travessamos é inquietante mesmo. Há todo um mundo subtil a ser asfixiado...
Eu agora tenho mais cuidado pelas abelhas, já nem vou atrás delas com o "mata-mocas" :)
Beijo
Um belo texto com um alerta interessante.
Um outro bem do mel: deitar mel na água da cozedura do arroz para darmos aos nossos amiguinhos quando eles não comem.
Estes animais, sim, têm utilidade para a humanidade. Não os ratos, essas coisas medonhas e repugnantes... lol
Jinhos grandes.
Olá Joel
Vou apontar a dica...mas eu cozo massa, pois eles preferem apesar de ser maioritariamente ração. A Ara é que é doida por massa, comia
só isso!
Ainda hei-de encontrar a utilidade dos teus "amiguinhos" e fazer um belo post, LOL
Jinhos
Muito Interessante!!! Eu acho k já tinha lido isto algures numa revista!! Bjs
Olá amiga
Adorei o post e a Astrid completou-o.
Espero que a Humanidade se lembre de não destruir as abelhas e não só. Tudo o que nos rodeia contribui para uma cadeia que não devemos quebrar. Até os animais mais replentes para alguns, têm um papel importantíssimo no noso meio ambiente. Precisamos proteger o mosso meio ambiente para não terminarmos à fome, sede, ou com doenças. Espero que isso não venha mesmo a suceder.
Obrigada por o teu alerta.
Beijinhos
Adelaide Figueiredo
Estamos fritos 0_0
Olá escorpião venenoso...
Pensavas que tinha ido à China a ver?
lol
Bj
Bom dia amiga Adelaide,
"Precisamos proteger o mosso meio ambiente para não terminarmos à fome, sede, ou com doenças"
Acho que a "guerra mundial" em que andamos demonstra isso mesmo. Não é uma guerra contra alguém mas sim para nós próprios.
Espero que voltemos a dar valor a valores perdidos...
Jinho grande amiga
Bom dia D,
"Fritos" e não só... :)
Jinho grande
oi linda, cada vez mais gosto de abelhas, muito bom, para ver se a humanidade pensa... beijinhos
Olá Miguel e Ana,
Ainda bem e bem o dizes...
Somos mesmo cruéis para nós mesmos...
Jinho
PS: a Zola está bonita! :)
Olá Maria Paula eu chamo-me Maria de Fátima(sou a mimi).Já tenho Internet em casa, o meu e-mail é o seguinte: mimi93@live.com.pt.Beijinhos e continuação de bom fim de semana.
P.S.:Dantes eu comentava através do computador do meu emprego.
Olá Mimi,
Fico contente. Agora tens de penar no teu blogue. :)
Este fim de semana foi violento. Aproveitei para descansar hoje.
Jinhos
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